sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2



Mais uma produção ataca os problemas da sociedade brasileira. O filme que continua com o personagem Capitão Nascimento, agora Sub-Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, mostrando que o governo sabe e não sabe o que ocorre nas favelas e na política. A película começa contando as mazelas da corrupção, passa pelas situações de conflito a qual o policial se encontra e explora a fragilidade dos relacionamentos familiares. Mas ao final da sessão vemos um Macunaíma, o anti-heroi que se arrepende dos erros e encarna um "tipo ideal" weberiano invertido. O Sub-Secretário Nascimento é aquele que como todo brasileiro nacionalista e otimista quer ver o Brasil sem políticos corruptos, policiais-bandidos e Estado ineficiente ao combater as novas formas de criminalidade. O apice do filme fica por conta da cena em que Nascimento espanca - sem dó - o seu chefe, o próprio Secretário de Segurança. Esta cena aflora na platéia o gosto e o sentimento de vingança contra todos aqueles que usam a máquina administrativa para proveito prórpio e usam as ações falhas do governo como pano de fundo para estarem nas mídias. A semelhança da cena pode ser comparada em Goiás, com prisão do filho do Secretário Estadual, na década de 1990, com transmissão dos jornais. Outros fatos de notório saber nacional podem ser lembrados quando falamos das milícias do Rio de Janeiro e CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). É uma oportunidade, também de pensarmos sobre os problemas sociais no Brasil e refletir melhor sobre o nosso voto. A violência é ainda o carro chefe do filme, mas o roteiro apresenta armadilhas para personagem e revoltas ao entender como as coisas são no Rio de Janeiro, ou em localidades com criminalidade.

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